Em Limeira, 4 mil pessoas aguardam tratamento com psicólogos e psiquiatras
Média de espera é de 10 meses para agendamento de terapia e cinco meses para consulta; para atendimento infantil, são cerca de 650 pacientes na fila

O número de pessoas que aguardam tratamento na saúde mental pelo Sistema Único de Saúde em Limeira é de 4.044 pacientes, segundo dados atualizados pela Secretaria da Saúde de Limeira. A informação foi encaminhada à Câmara de Limeira em resposta a um requerimento protocolado pela vereadora Lu Bogo (PL) no final de junho deste ano.
O atendimento médico para avaliação e emissão do diagnóstico apresenta uma média de cinco meses de espera. Já a média de tempo para agendamento de terapia é de 10 meses. Atualmente, a fila de espera está organizada da seguinte maneira, segundo o documento enviado à parlamentar:
Psicologia infantil: 475
Psiquiatria infantil: 171
Psicologia adulto: 1.770
Psiquiatria adulto: 1.628
Segundo a secretária Maria Helena Chen, os agendamentos são realizados seguindo a fila única de cadastramento, respeitando a priorização de cada caso. “Esses prazos podem ser reduzidos conforme a urgência”.
Questionada sobre o que está sendo feito para que os prazos sejam mais rápidos, a titular da Saúde informou que há a realização de grupos de triagem e acolhimento que permitem a identificação de prioridades e orientação às famílias, além de suporte imediato oferecido conforme a demanda e necessidade levantada.
“Agendas especiais de avaliação infantojuvenil no mês de julho, período que coincide com o recesso escolar e o aumento no número de faltas às consultas agendadas; ação que visa aproveitar a maior disponibilidade das crianças e famílias, além de preencher vagas ociosas temporárias nas agendas, garantindo melhor aproveitamento da capacidade instalada da equipe e ampliando o acesso ao cuidado”.
Outro ponto destacado por Maria Helena é a orientação quanto a frequência do tratamento, visando reduzir faltas e interrupções desnecessárias do processo terapêutico e também do cadastro atualizado.
“É fundamental que os munícipes mantenham seus dados cadastrais atualizados. Como a troca de número de telefone é frequente, muitas vezes a impressão de que o agendamento não foi realizado ocorre justamente por falta de comunicação devido a dados desatualizados”.
Sobre a contratação de mais profissionais para atender a demanda, a secretária avaliou que pode ajudar a ampliar o acesso ao cuidado e contribuir para a redução da fila, mas destacou que essa medida sozinha não resolverá os problemas.
“Muitas demandas estão relacionadas a sofrimentos que refletem situações sociais adversas e não apenas à condições clínicas. Por isso, além das contratações, é fundamental investir em abordagens integradas que considerem o contexto social do paciente’.