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Limeira,27/08/2025

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Só gosto da mentira quando eu conto

Você leitor pode me perguntar, mas onde está a tal guerra de narrativas se só temos um lado da história?

Divulgação / PML
Só gosto da mentira quando eu conto


Já dizia o ditado: só gosto da mentira quando eu conto. Talvez seja isso que alguns tentam fazer com essa guerra de narrativas no caso Horto Florestal versus MST em Limeira. Desde que a reportagem “Cessão de área do Horto Florestal vai beneficiar mais de 100 famílias em Limeira”, assinada pelo colega Felipe Voigt, foi publicada pelo portal cidadaniaemacao.tv.br, a cidade voltou a ser palco de uma guerra de narrativas que só serve para desinformar.

O discurso “o Horto Florestal é nosso” voltou a cena com um vídeo gravado pelo prefeito Murilo Félix (Podemos), onde ele afirmava que o Horto é de Limeira e recebia “com surpresa a notícia do Governo Federal aumentar o assentamento Elizabeth Teixeira”. O prefeito, talvez, tenha se confundido ao afirmar que o Horto, de fato, seja de Limeira.

Sem me prolongar muito, no início dos anos 1980, o então prefeito Jurandyr Paixão (já falecido) talvez também pensasse assim (que a tudo aquilo era de Limeira) quando resolveu invadir a área e começar a instalar equipamentos públicos no local. O espaço, antes da Fepasa e que seria cedido posteriormente a Rede de Ferrovias Federais, nunca foi repassado ao município. Ou seja, é correto afirmar que o município invadiu uma área que não era dele.

Você leitor pode me perguntar, mas onde está a tal guerra de narrativas se só temos um lado da história? Os simpatizantes do MST, que sim, também invadiu um uma área que não era dele, citam que não houve invasão e sim ocupação. Retórica. E por mais que eu seja um defensor da reforma agrária e do Assentamento Elizabeth Teixeira, é importante ressaltar que tal “ocupação” aconteceu em 2007, no primeiro ano do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, partido que sempre defendeu a reforma agrária e que, na prática, muito pouco fez sobre o tema. Aliás, se somados os 8 anos de Lula com mais 6 de Dilma Rousseff (PT), temos 14 anos. Aí, eu pergunto: nestes 14 anos na presidência, o PT colocou em prática aquilo que sempre pregou? É claro que na narrativa dos apaixonados, sim, ou “aquilo que era possível”. Não há crítica ou “mea culpa” para eles.

Aliás, em todos esses anos (muito além dos 14 do governo PT) faltou diálogo entre as partes (município e União) e, arrisco-me a dizer, boa vontade (mais do município) para que tal disputa fosse finalizada. E, independente de qualquer coisa, o que muitos precisam entender é que os equipamentos públicos já instalados lá, assim como o Assentamento Elizabeth Teixeira, permanecerão exatamente onde estão.

Neste momento de guerra de narrativas, preconceito, ataques e falta de diálogo, o pragmatismo das partes envolvidas – o que inclui a alta cúpula do MST – resolveria um problema de décadas na cidade, inclusive com uma ampliação do atual assentamento, o que poderia atender mais famílias.



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