Nos últimos anos, a maneira de se informar e como as notícias chegam até você mudou. É fato. Porém, é preciso deixar claro a produção de informação (leia-se jornalismo sério e responsável feito por gente que se preparou para isso), que também mudou, é claro, ainda segue algumas regras básicas do jornalismo – como ética, respeito e responsabilidade.

A produção de conteúdo feita por muita gente em épocas de redes sociais não é a mesma coisa que a produção de conteúdo jornalístico. Em um espaço democrático é preciso respeitar a todos, mas também responsabilizar esses mesmos por aquilo que falam e escrevem.

A exigência da graduação em jornalismo no Brasil data do final dos anos 1960 e início da década de 70 do século passado. Infelizmente, numa decisão controversa e polêmica do STF (Supremo Tribunal Federal) na primeira década dos anos 2000, essa exigência foi derrubada e hoje, qualquer pessoa sem formação alguma (e também sem condição) pode se apresentar como jornalista.

Entendo que antes disso, muita gente com qualidade, responsabilidade e ética prestou um grande serviço ao jornalismo brasileiro. Ainda hoje, é possível ver gente sem a graduação que faz um jornalismo como ele deve ser feito. Porém, é preciso deixar claro que apesar de vermos “jornalista” sem diploma, não encontramos médico sem formação, engenheiro que não cursou a faculdade ou advogado sem a graduação em direito – e sem ser aprovado no curso do OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). E isso, num cenário bem simples, merece uma reflexão de todos nós.

Tenham certeza que uma sociedade que valoriza a educação e, principalmente, quem estuda tende a evoluir. Lembrem-se que uma educação de qualidade é a base de tudo.

Por isso, cabe a você filtrar onde e como se informar. Copiar e colar informação sem qualquer tipo de checagem no WhatsApp não faz de ninguém jornalista, assim como comprar um celular e um microfone também não.