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Limeira,27/08/2025

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Jornalismo sério e independente não se aprende sozinho

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Jornalismo sério e independente não se aprende sozinho


Desde a famigerada decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que derrubou a exigência do diploma da faculdade de jornalismo para o exercício da profissão no Brasil, o que se viu foi uma invasão de gente desqualificada e sem condição alguma de atuar na área. 

Com o argumento da liberdade de expressão (o mesmo utilizado hoje por aqueles que usam as redes sociais para expressar ódio e atacar minorias ou rivais) e que a obrigatoriedade do diploma impedia o direito do cidadão de se expressar através da comunicação, acabou se criando um ambiente sem regulamentação alguma onde qualquer pessoa – inclusive gente que mal sabe escrever – pode solicitar junto ao Ministério do Trabalho um registro de jornalista.

Aliado a facilidade de acesso a equipamentos usados na transmissão de áudio e vídeo, e plataformas – também sem regulamentação alguma – usadas para difundir esse material, pessoas sem qualificação e condição se apresentam como jornalistas e exigem o mesmo tratamento de profissionais e empresas devidamente regularizadas na cobertura e transmissão de notícias.

O jornalismo mudou? Sim. A maneira de se produzir e divulgar a informação não é a mesma de 20 anos atrás. Mesmo assim, é preciso que tenhamos mecanismos para responsabilizar pessoas quando necessário. E o cuidado aumenta ainda mais em épocas de inteligência artificial, que também tem sido utilizada de forma equivocada.

Por mais que ainda exista um filtro em veículos de comunicação sérios, que seguem optando pela contratação de profissionais graduados e qualificados, nada impede que aventureiros com um celular e microfone em mãos e que se apresentem como jornalistas sigam praticando a desinformação e com um risco mínimo de punição.

Há gente despreparada e com formação acadêmica? Sim, e muita. Da mesma maneira que entendo e reconheço que muito profissional da “velha guarda”, que começou a atuar em um momento onde o diploma não era obrigatório ou não tínhamos cursos de graduação que atendessem toda a demanda, atuou e segue exercendo a profissão com excelência. Porém, é preciso deixar claro que, como em qualquer outra profissão, a regulamentação e, principalmente, a qualificação do profissional de jornalismo são mais do que necessárias.



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